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27 Nov 2018 04:06
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<h1>Como Formar Um Menu Claro Pela Nova Interface Do Blogger (2018)</h1>

<p>Al&eacute;m da superf&iacute;cie de imagens fofas e curtidas, a internet cultiva o &oacute;dio. Rede narc&iacute;sica, estimula um novo protagonista: o troll. &Eacute; aquele usu&aacute;rio que provoca e enfurece novas pessoas, com coment&aacute;rios injustos, ignorantes e, algumas vezes, criminosos. O prop&oacute;sito do troll &eacute; causar a ira dos outros internautas — e, se poss&iacute;vel, receber algum dinheiro de forma descomplicado. Os trolls se alimentam da aten&ccedil;&atilde;o que atraem e se valem de qualquer coisa para tal.</p>

<p>Talvez, desse jeito, esta reportagem possa n&atilde;o ser uma interessante ideia, n&atilde;o obstante pelo fato de que devemos pronunciar-se sobre isso esse novo Kevin. &Eacute; um monstrinho digital &agrave; moda do personagem da escritora americana Lionel Shriver. O Kevin, de Shriver, &eacute; aquela menina mimada que aprende que a viol&ecirc;ncia &eacute; um mecanismo aceit&aacute;vel e f&aacute;cil para obter o que quer. O Kevin digital o emula nas redes sociais e, principalmente, em f&oacute;runs privados de discuss&atilde;o. A internet nasceu como p&aacute;tria do livre fluidez de sugest&otilde;es. Se voc&ecirc; n&atilde;o sabe como enrolar o cabo do fone de ouvido para que caiba pela caixinha original, algu&eacute;m pela internet explica. Se quer encontrar qual a justificativa para tomar cloreto de magn&eacute;sio, surgir&aacute; quem prometa equil&iacute;brio e vigor a cada colherada. Se voc&ecirc; disser, entretanto, que est&aacute; sofrendo com a depress&atilde;o, haver&aacute; quem tentar&aacute; incit&aacute;-lo a se matar.</p>

<p>Os psic&oacute;logos definem tal posicionamento como efeito de desinibi&ccedil;&atilde;o on-line, no qual fatores como anonimato, invisibilidade, solid&atilde;o e aus&ecirc;ncia de autoridade reduzem os costumes que a comunidade criou milenarmente. A come&ccedil;ar por telefones smartphones inteligentes, tal desinibi&ccedil;&atilde;o est&aacute; se infiltrando no dia-a-dia de todos. No universo digital, troll era inicialmente o esquema de pesca em que ladr&otilde;es on-line fazem uso iscas — uma imagem fofa ou possibilidade de riqueza — para descobrir v&iacute;timas.</p>

<p>A palavra se origina de um mito escandinavo que vive nas profundezas. Passou a simbolizar assim como os monstros que se escondem pela escurid&atilde;o da rede e amea&ccedil;am as pessoas. Os trolladores da web t&ecirc;m um tipo de manifesto, em que esclarecem que agem pro “lulz”, a zoeira, em uma tradu&ccedil;&atilde;o livre.</p>
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</ul>

<p>O que os trolls realizam pela pesquisa do “lulz” vai de brincadeiras inteligentes — como os memes da tomada de tr&ecirc;s pinos — a ass&eacute;dio e amea&ccedil;as violentas. Os trolls est&atilde;o transformando as redes sociais e pain&eacute;is de coment&aacute;rios em um gigante recreio de adolescentes malcriados, repetindo ep&iacute;tetos raciais e mis&oacute;ginos, definiu uma reportagem recente da revista Time.</p>

<p>Uma pesquisa que a publica&ccedil;&atilde;o cita mostrou que 7 em cada 10 adolescentes sofreram algum tipo de ass&eacute;dio a partir da internet. Um ter&ccedil;o das mulheres neste momento se disse perseguida on-line. Um estudo de 2014 publicado no peri&oacute;dico de psicologia Personality and Individual Differences constatou que 5% dos usu&aacute;rios da internet que se identificaram como trolladores obtiveram pontua&ccedil;&atilde;o bastante alta em tra&ccedil;os obscuros de personalidade: narcisismo, psicopatia, maquiavelismo e, principalmente, sadismo.</p>

<p>E n&atilde;o imagine que isso n&atilde;o ocorre na sua vizinhan&ccedil;a. Ao responder o telefone, o analista de sistemas Ricardo Wagner Arouxa, de vinte e oito anos, achou que seu pai havia morrido. A caminho do trabalho, no bairro carioca da Tijuca, obteve a liga&ccedil;&atilde;o desesperada de tua m&atilde;e. Naquele dia, vinte e sete de dezembro de 2017, teu pai se recuperava de um cateterismo produzido ap&oacute;s sofrer o terceiro infarto. Pensou no pior ao perceber a m&atilde;e aos prantos.</p>

<p>Ela demorou a recuperar-se pra explicar o porqu&ecirc; da tristeza: a Pol&iacute;cia Civil havia invadido a resid&ecirc;ncia da fam&iacute;lia em Pilares pro efeito de um mandado de procura e apreens&atilde;o. Estavam prestes a arrombar a porta da resid&ecirc;ncia no momento em que ela voltava do hospital, ainda sem o marido, que fora mantido internado. Quando Arouxa conseguiu aparecer em moradia, a pol&iacute;cia imediatamente havia recolhido seus pcs, celulares e discos severos — at&eacute; hoje n&atilde;o devolvidos. A justificativa da opera&ccedil;&atilde;o policial seria uma amea&ccedil;a de bomba, teoricamente feita por Arouxa.</p>

<p>Os alvos seriam a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro e o advogado Rodrigo Mondengo. Ambos haviam processado Arouxa. De an&ocirc;nimo, Arouxa quase ficou r&eacute;u da acusa&ccedil;&atilde;o de terrorismo. Na realidade, ele sofria por ter se tornado um dos alvos da maior quadrilha de crimes de &oacute;dio da internet brasileira, que hoje se articula por interm&eacute;dio de f&oacute;rum de discuss&atilde;o que tenta se conservar an&ocirc;nimo.</p>

<p>Chamado Dogolachan, o f&oacute;rum foi criado por Marcelo Valle Silveira Mello — a primeira pessoa condenada por racismo na internet no Brasil — e Emerson Eduardo Rodrigues. A Pol&iacute;cia Federal considera Mello e Rodrigues os grandes articuladores da superior rede de &oacute;dio que atua h&aacute; ao menos uma d&eacute;cada no Brasil, utilizando ferramentas digitais. Eles chegaram a ser presos na Opera&ccedil;&atilde;o Intoler&acirc;ncia, em 2012, todavia se livraram pelo motivo de havia, naquela altura, v&aacute;cuo na legisla&ccedil;&atilde;o brasileira para crimes cometidos pela internet. Antes do Marco Civil da Web (2014) e da Lei Antiterrorismo (2016), os ataques reiterados articulados pelo grupo s&oacute; podiam ser enquadrados em crimes contra a honra ou inj&uacute;ria racial, tais como. Integrantes do Dogolachan registraram o portal Rio de Nojeira, que publicava textos de cunho racista, machista e homof&oacute;bico, no nome de Ricardo Wagner Arouxa, usando seus dados pessoais. Quem chegava ao registro da p&aacute;gina, feito propositalmente de modo p&uacute;blica, tinha acesso a infos privadas do carioca, como teu telefone e endere&ccedil;o.</p>

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